Os símbolos solares sempre tiveram grande representatividade na cultura viking. Os motivos desta importância não são difíceis de se imaginar. Para homens e mulheres que vivem num ambiente gélido e hostil, a imagem do sol é sempre grata e sinônimo de bem estar e fartura. Eram ainda associados aos deuses Tyr, Odin e Thor. Suas formas eram muitas e veremos algumas delas a seguir:
A espiral é comumente vinculada com a passagem da vida e a viagem até o mundo dos mortos. O que nos leva a compara-la com o sol é que em algumas imagens as pontas das hastes da espiral são marcadas por formas triangulares, criando uma ideia de braços flamejantes. A ligação deste símbolo com os guerreiros é bem clara e nem precisa de grandes esclarecimentos. Se a espiral representa, além do sol, a passagem da vida para a morte, não seria surpresa encontra-las entalhadas em estelas e locais de sepultamento. Sabemos ainda que a maior arma dos vikings era exatamente não temer a morte, na certeza de serem aguardados em um paraíso de eternas libações.
Fylfot |
O Trefot, como mais um símbolo de sazonalidade e de transcendência do mortal ao espiritual, varia da suástica por ter uma perna a menos. Representa o número três, que tem grande peso dentro da simbologia e por isso ele, talvez, tenha sido mais utilizado como representação da comunhão com Odin. Uma referência da Edda em prosa, fala sobre o hidromel mágico, criado pelos anões Fiálar e Gálar, quando estes mataram do deus Kvasir e guardaram seu sangue em três recipientes, Son, Bodn e Odrórir, antes de mistura-lo ao mel.
Valknut |
Por fim, como símbolo solar, temos o shieldknot. Do mesmo modo que o valknut, tem suas diferenças com o restantes dos símbolos. Seu formato quadrado parece fazer mais referência ao infinito e, ainda, à imagem da serpente do mundo, Jormungand, que cerca os mares. Desse modo, vemos o shieldknot como uma representação do ciclo natural, da ordem universal que tem inicio, meio, fim e recomeço. Uma ideia que é muito forte dentro da mítica nórdica. A Voluspa, saga que trata do início, fim e recomeço do mundo, é um forte exemplo dessa postura cíclica.
Shieldknot |
O uso destes simbolos no âmbito do RPG não é difícil de se imaginar. Em templos e altares dedicados aos três deuses supracitados, podem ser imagens comuns. Da mesma forma que em lápides ou na representação de heróis caídos, que carregam a espiral entalhadas em seus escudos. O Fylfot é dos símbolos pagão que perdurou depois da cristianização, não sendo difícil encontra-lo em igrejas e templos cristãos. Uma forma de tornar mais fácil a assimilação para os convertidos, e um elemento novo para aqueles que estiverem dispostos a jogar utilizando a guerra religiosa, por fiéis, como pano de fundo.
Isto é um resumo xôxo, com adendos meus, de: Símbolos religiosos dos Vikings: guia iconográfico, de Johnni Langer.
Isto é um resumo xôxo, com adendos meus, de: Símbolos religiosos dos Vikings: guia iconográfico, de Johnni Langer.
"Xôxo" teu resumo certamente não é. Parabéns pelo excelente material, nobre escaldo!
ResponderExcluirEu também gostei, principalmente por que a aventura que estou mestrando agora conta com alguns elementos vikings.
ResponderExcluirOpa! É sempre um prazer tê-los aqui, meus caros. Obrigado pelos comentários, mesmo. E, Clérigo, se quiser mais sugestões quanto a elementos desse tipo pra enriquecer o teu jogo, sinta-se à vontade para me cobrar. Abraço!
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