terça-feira, 7 de dezembro de 2010

PDM: Varkald "Boca Negra"

Bastou que os grilhões fossem desprendidos de seus pulsos castigados para que o gigante despertasse de seu transe. Ele piscou os olhos com força e estalou com a boca empapada de vermelho, reconhecendo aquele gosto de ferrugem tão peculiar. A cabeça grande e pesada pendeu pra trás, buscando um pouco de foco e quando tentou se levantar, quase caiu novamente, soltando um gemido grave que fez seus libertadores darem um passo para trás.

Kjar e Kon, dois irmãos nativos de Danemark, haviam seguido as instruções de um sábio para libertarem aquela besta. O objetivo dos jovens guerreiros era fazer uso da criatura para livrar seu próprio lar de outras ameaças. Esperavam que aquele jotunym aprisionado tivesse algum senso de honra, para servi-los em troca de sua liberdade... Não poderiam estar mais enganados.

Aprisionado a eras, Varkald não provava de sua bebida predileta há muito tempo e apesar de sempre estar com a boca e as mãos sujas de sangue, nada se compara ao sangue fresco, como o daqueles dois homens que estavam a sua frente, com o medo estampado em seus semblantes. Os gritos de Kjiar e Kon mal foram ouvidos, já que fora daquela caverna a nevasca caia forte e eles estavam alto demais nas montanhas, nem mesmo os deuses poderiam ajuda-los.”


Varkald “Boca Negra” (Jotunym [tamanho grande] Brb 5/ Cmd 8; Renome 6; Tendência: Caótico e Mau)

Descrição: Varkald é um jotunym com mais de dois metros e vinte de altura e certamente o mais velho membro da raça ainda vivo, e ativo, nos nove mundos. Antes da abertura das runas, Varkald já era um problema dentro de Jotunheim, sua força rivalizava até mesmo com a dos jotuns verdadeiros e sua natureza selvagem tornava-o impossível de se dominar. Vivendo nos ermos não teve qualquer aprendizado rudimentar para viver em qualquer sociedade, mesmo a mais brutal como a dos jotun. Tendo canibalizado alguns membros de sua própria raça, foi chamado de “boca negra”, pela quantidade de sangue velho e coagulado que lhe cobria o queixo e até mesmo os punhos. No momento da abertura das runas, Varkald já estava aprisionado em uma caverna nos confins do lar dos gigantes. Ninguém sabe o porque dele ter sido aprisionado com aqueles grilhões mágicos que o mantiveram vivo e sadio por tanto tempo. Como seus libertadores não tiveram tempo de investigar, é suspeitoso que Varkald tenha sido colocado lá para proteger algum tesouro. Tesouro este que encontra-se abandonado desde a libertação do monstro.
Interesses: Varkald não planeja seu futuro, ele vive o momento com selvageria e dedicação animalesca. Só pensa em encontrar sua próxima refeição. Ele tem vagas lembranças da figura que o aprisionou naquela caverna e talvez conseguisse falar dela, descreve-la, se fosse acalmado. Poderia, ainda, mostrar o caminho para seu antigo lar, o que já ajudaria a entender o que aconteceu de verdade e também revelar se existe algo a ser protegido ou não. 

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