quarta-feira, 2 de março de 2011

Bestiário: Cavalos


Num mundo onde o único meio de transporte é o cavalo, é normal imaginar que da-se uma relativa importância ao mesmo. Estes animais são tidos como confiáveis e fiéis, aliados daqueles que os tratam bem. A imagem de um cavalo bem cuidado sempre trás prestígio ao seu dono, mesmo que ele seja um mero camponês. Relacionados sempre a imagem do cavaleiro, não é qualquer um que pode manter este tipo de animal. Existem três linhagens principais dentro do território de Belregard, cada uma voltada para um uso específico. Independente disso, certos atributos determinam o que é um bom cavalo: longevo e de espírito altivo, felizes no campo e fugazes na batalha. Capazes de correr com um único comando de voz e atirarem-se à batalha ao ouvir uma trombeta de guerra. Devem ser fiéis aos seus senhores, permanecendo ao seu lado mesmo na morte e jamais aceitar ser montado por outro.


Os hestur são os cavalos mais simples de Belregard. Seu tamanho pode confundi-los com pôneis, mas não o são. Nativos do norte, da região que hoje forma Viha e Igslav, costumam ser peludos e atarracados. Extremamente resistentes ao clima e as condições duras de trabalho, é o mais popular entre as classes inferiores. Mesmo cavaleiros e nobres montam os hestur, já que são os ideais para viagens. Seu trote ritmado cansa pouco o cavaleiro e são capazes de mantê-lo por horas antes de cansar. É um cavalo dócil e extremamente prestativo, também usado para o carregamento de cargas.


Em seguida, existe a linhagem dos nehez, cavalos típicos das planícies do leste de Belregard, criados à sombra da cordilheira de montanhas que hoje separa Parlouma de Belghor. Costumam ter 1,60m de altura, em média, podendo alcançar facilmente a marca de 1,80m. São cavalos de pelagem escura, geralmente marrom ou negra, mas não são raros os animais brancos de focinho róseo. A montaria típica da aristocracia e também dos cavaleiros. Confiáveis e leais, os nehez figuram entre as montarias mais populares no campo de batalha. Apesar deste uso mais nobre, não deixam de ser escolhas viáveis para o carregamento de carga e alguns nobres chegam a viajar nos mesmo, para ostentarem sua pompa diante da população.


Por fim nós temos o ápice da espécie, um animal de imenso porte e vigor, reservado apenas aos cavaleiros de maior renome. Um kilnus nunca é montado durante uma viagem. Esta linhagem, nativa do reino de Dalanor, foi criada para o combate. Montar um kilnus por motivos levianos é desonrar um dos códigos dos cavaleiros de Belregard. Quando partem para a batalha, os kilnus seguem ao lado de seu senhor, que muitas vezes monta um nehez. São animais imensos e intimidadores. Sempre com a pelagem negra, não são poucos os relatos sobre olhos fumegantes e narinas esfumaçadas em pleno combate. O relinchar de um kilnus é capaz de colocar o terror no coração de animais inferiores, atordoando as linhas inimigas. A mera visão de uma vanguarda de cavaleiros armados e montados, nestas imensas feras negras, já é capaz de impor a aura da derrota ao inimigo.

Estas são as principais raças puras de Belregard, mas existem outras. Fruto da mistura entre estes e alguns de sangue fraco, gerando proles mais úteis para o serviço pesado que para a montaria de fato. Cavalos que fogem ao ouvir o soar de trombeta, indo contra aquilo que se espera deste tipo de animal.


4 comentários:

  1. Cavalos são uma parte extremamente importante de qualquer cenário medieval que envolva combates, e tu descrevestes estes belos animais de uma maneira realmente excelente. Meus parabéns!

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  2. Muitos jogadores não se dão conta da importancia dos cavalos. Eu sempre encontro um bom nome para minhas montarias tipo: Manga rosa, pé de pano, saturado, bucéfalo, walmor.. e por ai vai. kkkkkkkkkkkkKKK

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